Afinal, comer doce alivia ou aumenta o estresse?

Mas e aí, será que comer doce realmente ajuda a aliviar o estresse? Segundo a nutricionista e produtora de culinária do Mais VocêDaniela Meira, essa afirmação faz sentido, mas não é 100% verdadeira.

 

“O açúcar estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer e à recompensa. Isso explica porque, em momentos de estresse, buscamos alimentos doces para um alívio momentâneo. No entanto, essa sensação é passageira e pode levar a um ciclo vicioso de dependência do açúcar para lidar com emoções”, explica.

 

 

Além disso, o consumo excessivo de açúcar pode causar picos e quedas bruscas de glicose no sangue, afetando diretamente o humor e a disposição. Estudos indicam que dietas ricas em açúcar podem elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode agravar a ansiedade e dificultar o controle emocional.

 

 

Existe um açúcar ‘melhor’ para o consumo?

Segundo a nutricionista, existem opções menos prejudiciais que o açúcar refinado, embora devam ser consumidas com moderação, como:

 

Mel e melado de cana  Possuem compostos antioxidantes, mas impactam a glicemia. Dose: até 1 colher de chá (5 gramas) ao dia.

Açúcar de coco  Tem um índice glicêmico menor que o refinado, mas ainda é açúcar. Dose: até 1 colher de chá ao dia.

 

Açúcar mascavo e demerara  Mantêm mais nutrientes da cana, mas não reduzem os efeitos negativos do excesso. Dose: até 1 colher de chá ao dia.

 

Frutas secas (tâmara, uva-passa, ameixa) – Uma opção natural, com fibras que ajudam no controle da glicose. Dose: até 2 unidades ao dia.

 

 

Evite o consumo excessivo de adoçantes artificiais, pois eles podem afetar a microbiota intestinal e aumentar a compulsão por doces. Se necessário, prefira stévia, eritritol ou xilitol.

 

Fonte: Globo