Senac MS promove curso de Pães Artesanais na ABREC e reforça importância da atividade ocupacional para pacientes renais

 

O ciclo 2025-26 da Iniciação Científica e Tecnológica do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) soma investimento global de R$ 1.505.600,00, entre valores para o custeio dos projetos de pesquisa e concessão de bolsas a estudantes.

 

 

O montante é um dos maiores já registrados pela instituição, conforme ressalta o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Edvanio Chagas.

 

 

“Esse investimento expressivo reúne recursos próprios do IFMS e também de fomento captados junto ao CNPq e à Fundect. Mais do que números, o edital reafirma o compromisso do Instituto Federal com a ciência, inovação e, sobretudo, com a formação dos nossos estudantes para um futuro cada vez mais conectado ao conhecimento e ao desenvolvimento regional”.

 

 

O edital prevê a concessão de apoio e incentivo à pesquisa e inovação, totalizando até R$ 80 mil, os quais serão distribuídos entre os projetos aprovados. O pagamento será realizado em parcela única, com o valor máximo de R$ 1 mil por projeto.

 

 

 

Bolsas

 

 

Com o valor de mais de R$ 1,4 milhão, serão disponibilizadas até 260 bolsas para os estudantes participantes, entre 151 bolsas destinadas ao ensino médio e 109 bolsas para o superior. Com duração de 12 meses, os valores das bolsas são de R$ 300 e R$ 700, respectivamente.

 

 

A distribuição das bolsas é a seguinte:

 

 

  • 90 bolsas serão financiadas pelo IFMS;
  • 25 pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS (Fundect); 
  • 145 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

Os requisitos e as regras para a participação no processo seletivo estão disponíveis no Edital nº 037/2025, publicado na Central de Seleção do IFMS.

 

 

Inscrições – A submissão das propostas poderá ser realizada de 22 de abril a 19 de maio, por meio do Sistema Unificado de Administração Pública (Suap), pelo coordenador do projeto.

 

 

Cada trabalho poderá abranger até três planos de trabalho, sendo dois com possibilidade de concessão de bolsa e um plano para voluntário.

 

 

Os formulários necessários para a submissão e para a indicação dos estudantes estão acessíveis no Suap e na Central de Seleção.

 

 

Seleção – A análise das propostas será realizada em duas etapas. Na primeira, o mérito dos projetos será avaliado por membros do Banco de Avaliadores Externos e Internos do IFMS.

 

 

Na segunda etapa, o perfil do coordenador será avaliado com base no Currículo Lattes e na planilha de pontuação, que está anexa ao edital.

 

 

A distribuição das bolsas seguirá a classificação dos projetos de pesquisa por área de conhecimento, com a quantidade de bolsas distribuídas proporcionalmente ao número de inscrições homologadas em cada grande área.

 

 

Por fim, a Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi) avaliará o apoio financeiro solicitado para o desenvolvimento das atividades previstas.

 

 

A divulgação dos resultados preliminar e final está prevista para os dias 18 e 25 de julho, respectivamente.

 

 

 

Iniciação Científica

 

 

ABREC (Associação Beneficente dos Renais Crônicos) para proporcionar formação profissional e ocupacional a pacientes em tratamento contínuo. Com o curso de Pães Artesanais, iniciado em 26 de fevereiro e encerrado na terça-feira, 9 de abril, a iniciativa reforçou o compromisso do Senac com a inclusão e a valorização das pessoas em situação de vulnerabilidade social.

 

Ao todo, 15 alunos participaram da capacitação, que teve carga horária de 20 horas e foi realizada no período da tarde, das 13h às 16h30, respeitando a rotina de cuidados médicos das pacientes. “O Senac, no âmbito de seu Programa de Gratuidade (PSG), percebeu que existia a possibilidade de trazer esse curso para a ABREC. Então a gente criou esse elo, essa parceria, para atender essas pessoas que estão em vulnerabilidade. Normalmente são pessoas de baixa renda, que fazem o tratamento e não conseguem tempo ou disposição para fazer o curso em outra oportunidade”, explicou Gilka Trevisan, diretora de Educação Profissional do Senac MS.

 

O curso foi adaptado à realidade das pacientes, considerando os dias de tratamento e as necessidades específicas de cada uma. A estrutura da cozinha da ABREC, que proporcionou a realização dos cursos in loco, recebeu os insumos e materiais necessários para transformar o espaço em uma verdadeira extensão do Senac, proporcionando um ambiente adequado para o aprendizado.

 

 

Cida Arroyo, presidente da ABREC, destacou o impacto positivo da ação: “Esses pacientes que fazem tratamento diário são, em sua maioria, muito carentes. Além de estarem aqui aprendendo e distraindo a mente, tiveram a oportunidade de fazer um curso que pode virar fonte de renda. Foi um curso saudável e tranquilo, que respeitou as limitações físicas e ainda motivou, deu autoestima.”

 

Mais do que técnica culinária, o curso promoveu esperança. A presidente da ABREC relembrou a emoção do encerramento do primeiro curso, realizado em dezembro do ano anterior: “Pessoas emocionadas, chorando, mostrando o quanto significou para elas participar. Foi um curso bem organizado, estruturado pelo Senac, que fez com que nossos pacientes se sentissem importantes, empreendedores.”

 

Exemplo dessa transformação foi Gilson de Pinho Alvares, aluno do curso. “Eu já fazia pão em casa, mas sem técnica. Agora aprendi a pesar, medir, fazer do jeito certo. A gente passa a conhecer mais e até pode vender pra ter um dinheirinho extra. Nunca sobra dinheiro no mês, então ajuda muito.”

 

O curso reforçou o papel da educação profissional como diferencial na jornada de pessoas que convivem com doenças crônicas. Em um cenário onde, segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 227 pessoas aguardavam por um transplante de rim em Mato Grosso do Sul, e a ABREC, que tinha 700 pacientes cadastrados, estimava que existissem cerca de 2,5 mil pessoas com condições renais no Estado, ações como essa mostraram-se fundamentais.

 

A iniciativa também se conectou simbolicamente com a memória do primeiro transplante renal realizado no Brasil, em 16 de abril de 1964

Movimentos no delivery empolgam mercado, diz Abrasel

 

A Abrasel vê com otimismo a retomada do 99Food no mercado brasileiro de delivery, divulgada nesta semana. O retorno da plataforma representa um movimento relevante para o setor de alimentação fora do lar, que tem buscado ampliar a concorrência e reduzir a concentração nas entregas de refeições.

 

A movimentação ocorre em um momento em que outras empresas também demonstram interesse no setor, como é o caso da chinesa Meituan, líder em entregas na China. A expectativa é que esse novo cenário pressione por um ambiente mais equilibrado, com maior diversidade de serviços e modelos de negócio.

 

Nos últimos anos, o delivery se consolidou como um canal estratégico para bares e restaurantes. Segundo pesquisa da Abrasel, 71% dos estabelecimentos fazem entregas, sendo que 78% destes recorrem a serviços por aplicativo, como o iFood.

 

Neste contexto de amplo domínio de mercado por parte de uma empresa, a chegada ou o retorno de novos agentes pode beneficiar tanto empresários quanto consumidores, ao ampliar as opções disponíveis, estimular a inovação e promover melhores condições comerciais.

 

“O mercado precisa de mais diversidade e de condições mais justas. É essencial remover barreiras que impedem a concorrência plena, criando um ambiente saudável para os negócios e benéfico para toda a sociedade”, afirma Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel.

 

A entidade reforça seu compromisso com a construção de um ecossistema de delivery mais competitivo, transparente e sustentável, que estimule o empreendedorismo, a inovação e a melhoria contínua dos serviços prestados.

 

Fonte: Agência Brasil

Últimos dias para se inscrever no Festival Brasil Sabor

 

O prazo para se inscrever no Festival Brasil Sabor está chegando ao fim. Os restaurantes têm até o dia 24 de abril para serem inscritos e garantirem a presença na 19ª edição de um dos principais festivais gastronômicos do país. Para se participar, os interessados devem acessar o site oficial ou entrar em contato com a Abrasel do seu estado.

 

Com o tema “A Celebração da Cozinha Brasileira”, o festival vai reunir estabelecimentos de todas as regiões do Brasil entre os dias 15 de maio e 1º de junho, valorizando os sabores locais e incentivando o desenvolvimento de pratos exclusivos que representem a diversidade da culinária nacional.

 

Na edição anterior, o Brasil Sabor contou com mais de 740 participantes em 79 cidades e 18 estados. Em 2025, a expectativa é de uma adesão ainda maior, ampliando a visibilidade dos restaurantes e movimentando o setor de alimentação fora do lar. Para os empresários, o festival é uma oportunidade de ouro para apresentar novas criações ao público, atrair clientes e fortalecer a imagem do negócio.

 

Quem já participou sabe bem disso. “Participar do Brasil Sabor tem sido uma experiência muito rica, tanto pela visibilidade quanto pela conexão com o público. A cada edição, notamos um aumento significativo no número de clientes, inclusive de pessoas que não conheciam nosso restaurante”, afirma Carolina Veras, do Brewstone Pub, localizado em Fortaleza (CE).

 

“Além disso, o festival nos desafia a criar pratos com identidade brasileira e valorizar os produtores locais, algo que tem tudo a ver com a filosofia do Brewstone”, completa.

 

Com apoio da Ambev, o Festival Brasil Sabor segue como referência entre os eventos gastronômicos do país e promete, mais uma vez, ser uma grande celebração dos sabores que fazem do Brasil um dos destinos culinários mais ricos do mundo.

 

Fonte: Abrasel

Coelhinho da Páscoa chega às lojas do Comper em Mato Grosso do Sul no dia 19 de abril

 

No sábado, dia 19 de abril, as lojas dos Supermercados Comper se transformarão em verdadeiros cenários de magia para receber o tão esperado Coelho da Páscoa. Com atrações especialmente pensadas para encantar as crianças e suas famílias, o evento promete momentos inesquecíveis. Em Dourados, a diversão começa às 10h no Comper, com pipoca, algodão-doce, brigadeiro de colher, pintura facial e personagens que darão vida à celebração. No mesmo horário, em Campo Grande, o Comper Jardim dos Estados contará ainda com esculturas em balões, ampliando o clima festivo.

 

Para encerrar o dia, o Comper Itanhangá, também em Campo Grande, receberá o Coelho às 17h, com atrações que incluem o carretão da alegria, pintura facial, esculturas em balões e doces que adoçam qualquer celebração. Na capital, o Coelho da Páscoa fará sua chegada de forma especial, desfilando a bordo de carros históricos, graças a uma parceria com clubes de antigomobilismo da cidade, trazendo um toque de exclusividade e encantamento.

 

“Queremos proporcionar uma experiência única para as crianças e suas famílias, celebrando a Páscoa de forma lúdica e divertida”, destaca Fernanda Bardauil, Gerente Nacional de Relacionamento do Comper. “Acreditamos que momentos como esses fortalecem os laços familiares e criam memórias que durarão a vida inteira”, conclui.

 

 

 

Sobre o Grupo Pereira

 

Fundado em 1962, na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, o Grupo Pereira completa 63 anos de história em 2025. Atualmente, conta com 22 mil funcionários nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

 

O Grupo Pereira tem 143 unidades de negócio, incluindo 30 lojas da rede de supermercados Comper, 68 lojas do Fort Atacadista (atacarejo), 7 lojas Schmit, 3 filiais do Atacado Bate Forte (atacadista de distribuição), 27 lojas SempreFort (varejo farmacêutico), um Broker — distribuidor oficial da Nestlé —, 5 agências de viagens, 2 postos de combustível e um Centro de Distribuição. Além disso, o Grupo Pereira completa seu ecossistema de soluções ao incluir o braço logístico Perlog e os serviços financeiros do Vuon, que inclui o private label Vuon Card, com mais de 1 milhão de cartões emitidos, além de gift cards, seguros e assistência odontológica.

 

O Grupo Pereira é o primeiro varejista brasileiro a ser contemplado com o selo CAFE (Certified Age Friendly Employer), concedido pelo norte-americano Age Friendly Institute a empresas que promovem a contratação e retenção de funcionários 50+.

 

Com a missão de oferecer uma experiência de compra positiva por meio da excelência no relacionamento com clientes, fornecedores e funcionários, o Grupo Pereira também contribui para a sociedade por meio de diferentes programas socioambientais.

 

Fonte: Sato Comunicação

Colomba Pascal: o pão italiano queridinho dos brasileiros é uma alternativa saborosa, criativa e econômica para a Páscoa

 

A Páscoa de 2025 promete ser uma das mais movimentadas para o comércio brasileiro, com previsão de movimentação de R$ 5,3 bilhões, um aumento de 26,8% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa realizada pela Abecs em parceria com o Instituto Datafolha. A média de gasto por consumidor deverá ser de R$146, ligeiramente abaixo dos R$156 registrados em 2024. O estudo também revela que 67% dos brasileiros planejam comprar chocolates ou outros produtos da data, com destaque para a região Sul, onde 75% dos entrevistados demonstraram intenção de compra.

 

Diante dessa expectativa de crescimento, é essencial adotar algumas estratégias para alavancar os negócios e aproveitar a Páscoa com mais sucesso. Pequenos detalhes podem fazer toda a diferença na hora de aumentar as vendas e garantir que a experiência do cliente seja positiva.

 

Para Maira Nogueira, superintendente executiva de satisfação do cliente na Getnet Brasil, empresa de tecnologia para soluções de pagamentos da PagoNxt, hub global de meios de pagamentos do grupo Santander, “A Páscoa é uma época de oportunidades. Mas para aproveitar ao máximo, é fundamental entender o seu público e oferecer produtos que atendam às suas necessidades específicas”. Pensando nisso, a executiva preparou uma série de dicas para aproveitar a Páscoa sem preocupações:

 

 

  • Conheça seu cliente – Defina seu público e conheça suas preferências. Em tempos de Páscoa, oferecer produtos que atendam a necessidades alimentares específicas, como opções para diabéticos, veganos ou pessoas com intolerâncias alimentares, pode ser um grande diferencial.

  • Cuide da experiência – A experiência do cliente não termina na compra, inclui desde o atendimento até o pagamento e a entrega, cada detalhe conta. Uma entrega caprichada, com um bilhete de agradecimento ou um pequeno mimo, pode criar uma relação duradoura e aumentar a fidelização.

  • Monte promoções e programas de fidelidade – Para os clientes mais leais, ofereça promoções como “compre 10 e ganhe 1” ou cashback para futuras compras. Essas estratégias ajudam a aumentar a retenção e o engajamento dos clientes​.

  • Disponibilize uma variedade de meios de pagamento – Certifique-se de que suas maquininhas de cartão estão funcionando e que há diversas opções de pagamento, como PIX, cartões de crédito e débito, e links de pagamento. A flexibilidade nos meios de pagamento torna a experiência mais conveniente para seus clientes​.

  • Peça avaliações e recomendações – Ao final de cada venda, peça um feedback do cliente e incentive-o a deixar uma avaliação positiva nas redes sociais. Uma boa avaliação pode atrair novos clientes e aumentar a credibilidade do seu negócio.

 

“Oferecer opções diferenciadas e uma experiência de compra única são formas poderosas de se destacar durante a Páscoa. Ao entender as necessidades do cliente e se adaptar a elas, as oportunidades para alavancar as vendas são imensas”, finaliza Maira.

 

Sobre a Getnet Brasil 

 

A Getnet é uma empresa de tecnologia para soluções de pagamentos e faz parte da PagoNxt, hub global de meios de pagamentos do grupo Santander. Com mais de 20 anos de atuação, a Getnet Brasil é a terceira maior adquirente do País e oferece um completo ecossistema de soluções para empreendedores, desde pequenas e médias empresas até grandes companhias. Em 2024, a companhia foi reconhecida pelo Great Place to Work (GPTW), como uma das melhores empresas no ranking “grandes empresas” para se trabalhar no Brasil.

Bolo de rolo, queijo coalho e outros ícones pernambucanos podem ganhar selo de identificação geográfica

 

Um marco importante para valorizar ainda mais algumas das tradições culturais e gastronômicas de Pernambuco. Assim pode ser resumido o acordo assinado entre o Serviços de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco (Sebrae/PE) e a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), que propõe o reconhecimento de 13 produtos do estado como Indicações Geográficas (IGs). Com um investimento de R$ 2,9 milhões, que será rateado pelas duas instituições, a iniciativa tem como objetivo identificar, estruturar e solicitar o registro das novas IGs junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).  A assinatura do projeto foi realizada nesta quinta-feira (10), na sede do Sebrae/PE.

 

Atualmente, Pernambuco conta com três IGs registradas: vinhos do Vale do São Francisco, uvas e mangas de Petrolina e o Porto Digital no Recife. Entre os novos produtos que podem ganhar o selo de Indicação Geográfica estão o bolo de rolo; o bolo Souza Leão; o abacaxi de Pombos; o café de Triunfo; a renda renascença de Poção; o artesanato do barro de Tracunhaém e do Alto do Moura; e o mel produzido no Sertão Araripe. Em todo o país, existem 130 Indicações Geográficas, a maior parte delas presentes em estados com fortes tradições agrícolas e artesanais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

 

O superintendente do Sebrae/PE destacou que o projeto é um resgate que o Sebrae e a Adepe fazem com a cultura pernambucana, que apesar de sua multiculturalidade, tem apenas três indicações geográficas no estado.

 

Esse resgate tem uma importância muito grande para o território, para os artesãos, para os produtores, porque valoriza o território, a cultura da região, o pequeno produtor e a economia. Então eu acredito que Pernambuco está crescendo mais ainda com a execução desse projeto.

Murilo Guerra, superintendente do Sebrae/PE

 

O diretor-presidente da Adepe, André Teixeira, acrescentou que a iniciativa vai fortalecer os talentos produtivos do estado. “A gente conhece o Porto Digital, a manga e o vinho do Vale do São Francisco, mas a gente precisa conhecer também o café de Triunfo, o bolo de noiva, o bolo de rolo, o artesanato do barro de Tracunhaém, de Caruaru, ou seja, diversas coisas que são produtivas aqui em Pernambuco e para as quais precisam ser criadas uma identidade geográfica. A partir desse estudo, vamos fortalecer essa identidade”.

 

Petrônio Pereira da Silva, proprietário da Fazenda Doce Mel

 

Representando os empreendedores que podem ser beneficiados pela iniciativa, o apicultor Petrônio Pereira da Silva, que produz mel em Ouricuri, no Sertão, falou sobre como o reconhecimento da IG pode favorecer o acesso a novos mercados. “A Identificação Geográfica vai nos caracterizar pela qualidade do mel, pela coloração e pelo sabor. Nós moramos em uma região totalmente diferente e por isso precisamos registrar e certificar em dados. O selo vem justamente para fortalecer e agregar mais valor ao mel da região. Vai ser uma excelente oportunidade de levar nossos produtos e o nome do Sertão do Araripe para novos horizontes, não só para o Sertão pernambucano, mas também para todo o país”, comemorou.

 

PROCESSO

 

O projeto de ampliação das IGs será desenvolvido em quatro etapas: diagnóstico, estruturação, submissão dos pedidos e acompanhamento dos processos. Para a primeira fase, que já está em andamento, as instituições também contarão com o apoio do Sebrae Nacional. Fase mais robusta do projeto, a etapa de estruturação envolverá a sensibilização dos produtores, o levantamento histórico-cultural, a delimitação da área geográfica e a criação de um caderno de especificações técnicas, além da formalização das entidades representativas de cada Indicação Geográfica. Também haverá a criação de um signo distintivo para cada uma das IGs propostas. Por fim, será realizada a solicitação do registro junto ao INPI. A expectativa é de que o projeto esteja finalizado até 2026.

 

CERTIFICAÇÕES

 

As Indicações Geográficas são certificações concedidas a regiões que se tornaram conhecidas ou apresentam características distintivas ligadas a um produto ou serviço, sem prazo de validade. Elas podem ser classificadas como Indicação de Procedência (IP), quando a região já é reconhecida pela produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço, ou Denominação de Origem (DO), quando há uma ligação entre as características do produto e seu meio geográfico e dos fatores naturais e humanos ali presentes.

 

Fonte: Sebrae

Recorde na produção, mas preços elevados: como a inflação dos ovos afeta o setor de alimentação

 

O ovo de galinha vem registrando sucessivos aumentos de preço. Somente em março, a alta foi de 13,13%, segundo dados do IPCA. A valorização é reflexo de fatores sazonais, condições climáticas adversas, crescimento da demanda e elevação nos custos de insumos como milho e farelo de soja — combinação que tem pressionado diretamente o setor de alimentação fora do lar.

 

Embora a produção nacional tenha alcançado um recorde em 2024, com crescimento de 10% em relação ao ano anterior, o aumento dos preços não foi contido. No quarto trimestre, a produção chegou a 1,2 bilhão de dúzias, o maior volume trimestral da série histórica do IBGE. Ainda assim, o impacto dos custos, somado ao aumento das exportações, sustenta a tendência de encarecimento.

 

“A alta no preço dos ovos afeta especialmente os pequenos negócios, que são a maioria no setor”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel. “Cerca de 85% dos estabelecimentos de alimentação fora do lar no Brasil são de pequeno porte, com estrutura enxuta e margem apertada. Para esses empreendedores, oscilações de custo como essa comprometem diretamente a sustentabilidade do negócio”, completa.

 

O desafio de manter as margens

 

Estabelecimentos de alimentação fora do lar que dependem do ovo em suas receitas estão entre os mais vulneráveis à escalada de preços. É o caso da confeitaria Bons Suspiros por Ana Salvá, em Cuiabá (MT), cuja produção exige grandes quantidades de claras.

 

“Não existe a possibilidade de substituir o ovo nas minhas receitas, e isso faz com que a nossa margem, que já é apertada, fique ainda menor”, afirma Ana.

 

A empreendedora conta que ainda não conseguiu repassar o aumento dos custos para o produto. Essa é uma realidade compartilhada com 32% dos estabelecimentos do setor. Segundo pesquisa da Abrasel, realizada em março, quase um terço dos empresários de alimentação fora do lar não conseguiu repassar os preços, e 59% reajustaram conforme ou abaixo da inflação.

 

“Há um descompasso entre o ritmo da inflação e a capacidade de repasse”, explica Solmucci. “A lógica do setor não permite aumentos automáticos de preço, como ocorre em outras cadeias produtivas. Quem não consegue ajustar a operação com rapidez, vê a rentabilidade desaparecer”, afirma.

O peso do ovo na operação e nas finanças

 

Para compreender como o insumo afeta a operação e as finanças, Sérgio Molinari, especialista em mercado de foodservice, destaca um ponto crítico:

 

“O ovo é muito perecível. Você não pode estocar por muito tempo, o que faz com que, mesmo com preços em alta, seja necessário comprar frequentemente, dificultando que o estabelecimento possa se beneficiar de compras grandes para obter melhores preços e se antecipar a novas altas”, comenta.

 

Ele ressalta que é necessário entender o peso desse ingrediente nas receitas. “De uma omelete até receitas em que é coadjuvante, a inflação dos ovos impactará diretamente nos custos do estabelecimento”, explica.

 

Para ilustrar o impacto da inflação nos ovos, Sérgio Molinari elaborou um estudo que estima a necessidade de reajustes nos preços de cardápio com base na participação do ingrediente no Custo de Mercadoria Vendida (CMV).

 

Segundo a análise, quando os ovos correspondem a 10% do CMV, o aumento necessário para manter a rentabilidade seria de 2,3%. Se esse percentual sobe para 25%, o reajuste ideal passa a ser de 5,8%. Quando o ovo representa metade do custo, o índice chega a 11,2%, podendo alcançar 17% ou até 22,5% nos casos em que a receita depende fortemente do insumo.

 

O estudo revela que, mesmo representando uma fração relativamente pequena do custo total, a elevação nos preços dos ovos dificulta que os estabelecimentos absorvam a alta, especialmente em um cenário de aumento generalizado de outras matérias-primas, salários, embalagens e serviços.

 

Alternativas para contornar a alta

 

Sérgio Molinari defende que é fundamental adotar estratégias que minimizem os impactos da inflação. Entre as alternativas apontadas estão o redirecionamento das vendas para pratos com maior margem de lucro e menor uso de ovos, a avaliação da substituição dos ovos in natura por versões líquidas ou em pó, e o controle rigoroso sobre perdas e desperdícios.

 

A negociação com fornecedores também é vista como essencial para conseguir melhores condições comerciais. Já nos casos em que o ovo tem um peso significativo no CMV, ele alerta que a remarcação dos preços no cardápio pode ser inevitável.

 

Fonte: Abrasel

Bares e restaurantes esperam alta de faturamento durante ‘feriadão’ de abril

 

A Páscoa de 2025 pode representar um alívio financeiro para muitos bares e restaurantes que ainda operam sem lucro. De acordo com a pesquisa realizada pela Abrasel em março, 71% dos empresários esperam aumentar o faturamento durante o feriado prolongado de abril, em comparação com a Semana Santa do ano passado. Para a maioria (40%), o incremento deve variar entre 5% e 20%.

 

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destaca que a data traz uma oportunidade importante para os negócios se reequilibrarem.

 

“O setor ainda enfrenta desafios notáveis, com mais de dois terços das empresas operando sem lucro, mas, ainda assim, há sinais positivos. As datas sazonais, como o feriado prolongado de Páscoa, representam oportunidades de fortalecimento para muitas empresas que operam no limite”, afirma.

 

Fevereiro foi desafiador, mas cenário aponta para recuperação

 

A pesquisa também revelou oscilações no desempenho financeiro das empresas. Em fevereiro, 30% dos negócios operaram com lucro, enquanto outros 30% fecharam o mês no prejuízo e 39% registaram equilíbrio. Os números indicam uma piora em relação a janeiro, quando o percentual de empresas lucrativas era maior (36%) e total de negócios operando em prejuízo era menor (25%).

 

“É natural que o faturamento tenha sofrido queda em relação a janeiro, um mês tradicionalmente positivo para o setor. No entanto, a expectativa é de que os negócios tenham conseguido equilibrar as contas em março, impulsionados pelo Carnaval, e que esse movimento continue nos próximos meses, com datas estratégicas como a Páscoa, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados”, analisa Solmucci.

Inflação e endividamento ainda preocupam empresários

 

Com o aumento nos custos operacionais, muitos empresários seguem enfrentando dificuldades para reajustar os preços dos cardápios. Segundo o levantamento, 32% dos estabelecimentos não conseguiram realizar qualquer reajuste. Outros 59% conseguiram reajustar os valores conforme ou abaixo da inflação e apenas 9% aumentaram acima desse índice.

 

A pesquisa também apontou o nível de endividamento entre os negócios. Ao todo, 39% dos estabelecimentos possuem pagamentos em atraso. Entre os principais débitos estão os impostos federais (74%), impostos estaduais (52%) e empréstimos bancários (37%).

 

“Um dos principais desafios dos empresários tem sido equilibrar as contas sem afastar os clientes. Muitos evitam reajustes nos preços para manter o movimento, mas, ao mesmo tempo, precisam arcar com dívidas e outros custos que continuam subindo”.

 

“Isso pressiona a lucratividade e torna momentos de alta demanda, como os feriados prolongados, essenciais para que os negócios operem acima da média e tentem se recuperar”, conclui Solmucci.

 

Fonte: Abrasel

Movimento nos bares e restaurantes sobe 4,9% nos últimos 12 meses, diz IBGE

 

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (10) os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços, que mede o consumo no segmento. O índice geral teve aumento de 2,8% nos últimos 12 meses (em relação aos 12 meses anteriores). O resultado teve forte contribuição do setor de alimentação fora do lar, que registrou aumento de 4,9% no mesmo período.

 

Em relação a fevereiro do ano passado, o aumento foi de 2,2%, menor do que o registrado pelo setor em janeiro, de 3,4% (em relação a janeiro de 2024). O IBGE não divulgou o aumento do setor em fevereiro em relação ao mês anterior.

 

Além do bom resultado no começo de ano, as expectativas para os próximos meses são positivas.

 

“Este ano tivemos o Carnaval em março, então pode ter havido uma recuperação no volume de serviços em relação ao nosso setor. E nos próximos meses temos a expectativa de retomar o movimento graças a datas importantes, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, além de feriados e datas locais importantes, como o São João, no Nordeste”, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

 

A pesquisa da Abrasel em março mostrou que 71% dos empresários esperam aumentar o faturamento durante o feriado prolongado de Páscoa, em comparação com a Semana Santa do ano passado. Para a maioria (40%), o incremento deve variar entre 5% e 2

0%.

Além disso, medidas de estímulo econômico, como a nova modalidade de consignado privado, têm gerado otimismo no setor. O novo modelo de empréstimos injetou R$ 3,3 bilhões na economia nas duas primeiras semanas, segundo o Ministério do Trabalho. No entanto, há um receio de que esses programas não se estendam a longo prazo.

 

“A expectativa é que o crescimento continue firme, mas precisamos estar atentos à sustentabilidade dessas medidas de estímulo”, conclui Solmucci.

 

Ele também destaca que o aumento no movimento dos bares e restaurantes tem sido fundamental para conter a inflação dos alimentos nos cardápios. “O aumento no movimento deu algum espaço para evitar os repasses de preços dos insumos para os cardápios. No entanto, mesmo assim as nossas margens vêm ficando mais apertadas”, explica Solmucci.

 

Fonye: Abrasel