Queda no preço da carne não traz alívio para bares e restaurantes

 

Em março, a inflação no setor de alimentação fora do lar foi de 0,77%, um pouco acima do índice geral (0,56%), mas ainda inferior à alta registrada na alimentação no domicílio, que ficou em 1,31%.

 

Entretanto, o aumento de alimentos e bebidas, principais insumos dos bares e restaurantes, foi de 1,17%, acima da alta na alimentação fora do lar. Nem mesmo a queda no preço da carne, que registrou deflação de -1,60% e tem grande peso na composição dos cardápios, foi suficiente para aliviar os custos dos estabelecimentos.

 

Os empreendedores continuam sem conseguir repassar para os cardápios os aumentos nos insumos, uma estratégia para não afastar os clientes, mas que ao mesmo tempo, compromete as margens de lucro.

 

Pesquisa de março da Abrasel indicou que 32% dos empreendedores não conseguiram reajustar o preço dos cardápios nos últimos 12 meses, enquanto 59% realizaram reajuste conforme ou abaixo da inflação.

 

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destaca que “os bares e restaurantes seguem fazendo um grande esforço para segurar os preços ao consumidor, mesmo diante da alta nos custos operacionais. Enquanto a inflação geral avança, nosso setor continua com reajustes abaixo da média, o que impacta diretamente as margens de lucro”.

 

Ele acrescenta, ainda, que “os empresários têm buscado alternativas para manter os clientes e garantir a sustentabilidade dos negócios”.

 

Alta no faturamento ajuda a amenizar pressão nos custos

 

Apesar da dificuldade em repassar os aumentos de insumos aos consumidores, o crescimento de 4,9% no faturamento do setor de alimentação fora do lar nos últimos 12 meses, apontado pela Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE), tem contribuído para manter o fôlego dos bares e restaurantes. O aumento ajuda a equilibrar as contas e evitar reajustes mais severos nos cardápios, mesmo com

 

Fonte: Abrasel

Confeitarias reinventam sabores para enfrentar alta do cacau

 

Com a Semana Santa se aproximando, a busca dos consumidores por chocolates e ovos de Páscoa tem crescido. Porém, a surpresa com os valores pode ser amarga, pois 70% da lavoura mundial de cacau, que está em uma região da África, vêm sofrendo com crises climáticas desde 2023, o que, consequentemente, eleva o preço dos produtos.

 

Segundo dados do IPCA de fevereiro, o preço da barra de chocolate aumentou 16,53% em 12 meses. Nesse mesmo período, o preço do cacau aumentou 189%, chegando ao pico de 300%, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia). A alta atingiu desde produtores artesanais até as grandes marcas de produtores de chocolate e, claro, os consumidores.

 

Santa semana para a alimentação fora do lar

 

Segundo a pesquisa da Abrasel do mês de março, em comparação ao mesmo período do ano passado, 71% dos empresários do setor de alimentação fora do lar esperam aumentar o faturamento no feriado da Semana Santa. O otimismo com a movimentação está, principalmente, na extensão do feriado, que neste ano emenda com o Dia de Tiradentes — na segunda-feira.

 

Entretanto, o alto custo dos insumos é um desafio para os empreendedores, que evitam alterar o cardápio para não perder a clientela: segundo levantamento da Abrasel, 91% dos empresários do setor não conseguiram repassar integralmente o aumento da inflação nos últimos 12 meses.

 

Esse é o caso da Elisa Dayrell, proprietária da Espetacular Doceria, em Belo Horizonte (MG). “A gente não está conseguindo repassar totalmente os aumentos de custo para os preços do cardápio. Por isso, estamos ajustando o mix de produtos, mesmo que alguns itens acabem ficando com uma margem de lucro menor do que a de costume”.

 

“Estamos tentando encontrar um ponto de equilíbrio, porque, do jeito que está, não é bom nem para o cliente, nem para o nosso negócio”, comenta.

 

A situação da Marília Lima, sócia da confeitaria Cenoradas, em São Paulo (SP), não é muito diferente, apesar de ter tomado medidas para lidar com o aumento, como estocar cacau, por exemplo.

 

“A primeira coisa que fiz foi tentar guardar o fruto antes do aumento, porque eu sabia que isso aconteceria. Isso me ajudou a não ser tão atingida pelo aumento do preço do cacau, mas agora, infelizmente, não teve jeito e hoje já estou gastando mais para ter a matéria-prima para os produtos”, afirma.

 

Estratégias empresariais

 

Para contornar o aumento dos preços, muitos empresários estão optando por usar sabores diferentes, criar produtos ou utilizar insumos que emulem o sabor do ingrediente principal, como os itens sabor chocolate.

 

Elisa, da Espetacular Doceria, comenta que deve adotar ações para aumentar as vendas e tentar cobrir os custos com o cacau. “Estamos fazendo ovos recheados de doce de leite e estamos usando o caramelo para substituir o cacau, quando possível”. Além disso, ela comenta ter diversificado as formas de pagamento e adiantado a divulgação da venda de ovo para atender melhor o público.

 

Com os preços dos ovos de Páscoa elevados, os clientes estão buscando alternativas. Esse fenômeno foi observado pela Marília, da Cenoradas, que decidiu investir em novos produtos.

 

“Eu percebo que a cada ano as pessoas estão comprando mais lembrancinhas, coisas que remetem a Páscoa, mas não necessariamente um ovo de Páscoa para presentear”. Por isso, para esse ano, ela conta com cenourinhas, bombons em formato de coelhinho e outros produtos em sua cesta.

 

Fonte: Abrasel

Conheça os benefícios da pitaya e saiba como comer a fruta

A pitaya ou pitaia é rica em nutrientes essenciais, incluindo vitaminas C e B, fibras, antioxidantes, ferro, magnésio e cálcio. A fruta é da família dos cactos e pode ser encontrada em diversos tipos e cores. Além disso, pode ser plantada em casa. A pitaya traz diversos benefícios para a saúde, dentre eles, a nutricionista Daniela Meira (@dra_daniela_meira_nutri), produtora do quadro de culinária do Mais Você, destaca cinco. Confira quais são!

 

 

  1. Melhora a digestão: a alta quantidade de fibras auxilia no funcionamento do intestino, prevenindo constipações e promovendo uma digestão saudável.

 

  1. Fortalece o sistema imunológico: a vitamina C presente na pitaya ajuda a fortalecer as defesas do corpo contra infecções e doenças.

 

  1. Ação antioxidante:os antioxidantes combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e reduzindo o risco de doenças crônicas.

 

  1. Regula o açúcar no sangue: a pitaya pode ajudar a estabilizar os níveis de glicose no sangue, sendo benéfica para pessoas com diabetes.

 

  1. Saúde cardiovascular: com baixo teor de gorduras e rica em fibras, a pitaya contribui para a redução docolesterol ruim (LDL), protegendo o coração.

 

 

 

Pitaya emagrece?

Os especialistas dizem que nenhum alimento sozinho tem o poder de emagrecer. O que ocorre é que a pitaya pode auxiliar na perda de peso devido ao seu baixo teor calórico e alta quantidade de fibras, que promovem a saciedade e ajudam a controlar o apetite. “No entanto, é importante lembrar que não existe um alimento milagroso para emagrecer. A perda de peso saudável envolve uma dieta equilibrada e atividade física regular”, alerta a especialista em alimentação.

 

 

Pode comer pitaya todos os dias?

Sim, a pitaya pode ser consumida diariamente. O consumo moderado de pitaya pode ser uma adição saudável ao seu plano alimentar diário. Contudo, como com qualquer alimento, é importante manter um equilíbrio e variar a dieta para garantir uma ingestão ampla de nutrientes de diferentes fontes, recomenda a nutricionista.

 

 

Existe contraindicação no consumo da fruta?

A nutricionista diz que a pitaya costuma ser uma fruta segura para a maioria das pessoas. Algumas pessoas podem ter reações alérgicas, mas isso é mais raro. “É sempre prudente introduzir novos alimentos gradualmente e observar qualquer reação adversa. Pessoas com condições de saúde específicas devem consultar um médico ou nutricionista antes de fazer mudanças significativas na dieta”, sugere Daniela Meira.

 

 

Qual tipo de pitaya é melhor?

 

 

Assim como outras frutas, como a manga e a maçã, a pitaya apresenta variedades: amarela, vermelha, com polpa branca, casca rosada… E qual é a melhor?

 

 

“A escolha entre a pitaya roxa (ou vermelha) e a pitaya amarela pode depender dos objetivos nutricionais e do paladar individual. Elas têm benefícios significativos, mas algumas diferenças podem influenciar a preferência”, explica a especialista.

 

 

 

Para antioxidantes, a pitaya roxa pode ser mais benéfica por conta de seu alto conteúdo de betacianinas (pigmentos responsáveis pela cor vermelho-violeta dos vegetais). Para vitamina C, a pitaya amarela pode ser uma escolha melhor, já que é rica neste tipo de vitamina. Se você prefere um sabor mais doce, a pitaya amarela pode ser mais agradável.

 

 

“Em resumo, ambas as variedades de pitaya são excelentes opções nutricionais. Variar entre as duas pode proporcionar um equilíbrio de nutrientes e benefícios, além de manter a dieta mais diversificada e interessante”, finaliza a nutricionista.

 

 

Fonte: Globo

6 benefícios da laranja para a saúde

A laranja é uma fruta superconhecida por ser fonte de vitamina C, nutriente que ajuda na formação e manutenção do tecido conjuntivo do corpo humano, como a gengiva, e atua na proteção da córnea, pulmões e pâncreas, conforme explica a nutricionista Larissa Olmo (@nutrilarissaolmo).

 

 

Só que, além desta poderosa substância, a laranja é rica em outros elementos benéficos para o nosso organismo e saúde, como o ácido fólico, fósforo, fibras, betacaroteno e flavonoides. Em conjunto, eles melhoram a imunidade e protegem contra doenças cardiovasculares. Conheça 6 benefícios da laranja para a saúde!

 

 

  1. Auxilia no melhor funcionamento do trato gastrointestinal, podendo ajudar no processo digestivo.

 

  1. Melhora o sistema imunológico.

 

  1. Diminui o risco de doenças cardiovasculares.

 

  1. Previne o risco de fraturas.

 

 

  1. É antioxidante e bloqueia o a ação de radicais livres. “Os radicais livres são moléculas produzidas pelo nosso organismo que ‘atacam’ as células saudáveis e esse ‘ataque’ em excesso pode acarretar um estresse oxidativo que não é nada benéfico para o organismo por prejudicar a ação de outras moléculas”, esclarece a nutricionista Larissa Olmo.

 

  1. Por ser rica em vitamina C, ajuda a manter o ferro na sua forma ferrosa, facilitando e potencializando a sua absorção.

 

 

 

Casca de laranja faz bem?

Além da própria fruta, você certamente já se perguntou se a casca de laranja faz bem à saúde. A resposta é sim. A casca da laranja faz bem e oferece tantos benefícios para a saúde como a fruta em si. No entanto, a nutricionista alerta que ela pode ser de difícil digestão. Além do mais, a casca pode conter resíduos de agrotóxicos e pesticidas, além de sujidades na superfície. Portanto, lembre-se sempre de higienizar suas frutas antes do consumo.

 

 

“A casca da laranja vem sendo muito utilizada pela indústria, mas não é por isso que também não podemos utilizá-la em casa. Com ela podemos fazer diversas receitas, como por exemplo, docesbolosinfusões, entre outras”, orienta a especialista em alimentação.

 

 

 

Pode comer laranja todos os dias?

 

 

Se você não abre mão da laranja na alimentação, saiba que dá para consumir a fruta todos os dias, mas sempre com equilíbrio. Ela é um alimento benéfico, mas a nutricionista recomenda o consumo de outras frutas no dia a dia.

 

 

Já para quem possui alergias, sensibilidade ou diabetes, Larissa Olmo avisa que o acompanhamento nutricional para auxiliar na rotina alimentar saudável e sem restrições é fundamental.

 

 

Fonte: Globo

10 benefícios da manga na alimentação

A manga é uma fruta rica em vitaminas, com potencial anti-inflamatório e que ajuda a combater a gastrite e melhora o funcionamento intestinal por conta da presença de fibras. A principal função da manga na alimentação, assim como o consumo de outras frutas, está relacionada à contribuição para a promoção da saúde e bem-estar humano por conta da composição rica em nutrientes essenciais. A seguir, a nutricionista Larissa Olmo lista os 10 benefícios da manga na alimentação. Confira e inclua esta delícia na sua rotina, mas com moderação.

 

 

  1. É rica em nutrientes, destacando- se as vitaminas A, C e E, magnésio, potássio, fósforo, polifenóis e fibras.

 

  1. Possui propriedades antioxidantes que ajudam o corpo a combater o estresse oxidativo causado pelos radicais livres e protegendo as células contra danos.

 

  1. Melhora do funcionamento intestinal: as fibras presentes nas mangas auxiliam na digestão, promovendo saúde intestinal e prevenindo problemas como constipação.

 

  1. Melhora na saúde da pele: devido à presença de carotenóides e antioxidantes, teremos efeitos positivos na produção de colágeno e proteção da ação de radicais livres.

 

  1. Prevenção de doenças cardiovasculares: a presença da vitamina C e A faz a diferença e ajudam na prevenção de doenças.

 

  1. Potencial anti-inflamatório: alguns compostos encontrados nas mangas possuem propriedades anti-inflamatórias.

 

  1. Fortalecimento do sistema imunológicopor causa da sua riqueza de nutrientes.

 

 

  1. Combate a gastritedevido ao seu potencial antioxidante.

 

  1. Pode prevenir alguns tipos de câncer em função dos polifenóis que combatem o estresse oxidativo.

 

  1. Melhora na recuperação dos atletas, no pós-treino, podendo prover uma quantidade boa para reposição de carboidratos e fluidos (hidratação) após a atividade física.

 

 

 

Existem diversos tipos de manga, como a espada, pálmer e tommy. A nutricionista diz que todas elas são saudáveis e podem fazer bem ao organismo.

 

 

“Segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, entre os tipos de manga mais famosos, a contagem de calorias varia, aproximadamente, de 52 a 75 kcal em 100 gramas da fruta, sendo a manga tommy atkins a com contagem menor”, explica a especialista.

 

 

“A manga ideal e a quantidade de consumo por dia irá depender do seu plano alimentar e seus objetivos discutidos com um nutricionista”, complementa.

 

 

Já viu que a manga só faz bem, né? Você pode fazer suco da fruta, molhos, incrementar a salada, sorvete caseiro, picolé e outras delícias.

 

 

Fonte: Globo

Alimentos para baixar colesterol: veja quais são e como consumir

O controle do colesterol previne doenças cardiovasculares, como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral), e a prática de exercícios físicos e a alimentação saudável ajudam a reduzi-lo. O cardiologista Agnaldo Piscopo e a nutricionista Adriana Stavro, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, falam sobre os alimentos para baixar colesterol. Veja a lista e saiba como consumi-los!

 

 

  • Peixesricos em ômega 3: sardinha, salmão, atum, anchova e arenque são alguns dos exemplos. Consuma-os grelhados ou assados.

 

  • Asleguminosas, como feijões, lentilha, ervilha e grão-de-bico. Você pode consumi-los em sopas, ensopados e saladas.

 

  • Castanhasem geral são aliadas, como a castanha-de-caju, castanha-do-pará (também conhecida como castanha-do-brasil) e castanha-de-baru. Vale comer como lanches e acrescentar às saladas do dia a dia.

 

  • Aveia, cevada e quinoa, que são ricas em fibras solúveis. Podem ser consumidos com mingaus, panquecas, bolos e acompanhamentos.

 

  • Laranja, limão e acerola, fontes de fibras e vitamina C. Vale consumir em sucos, salada de frutas e sobremesas.

 

  • Brócolis, espinafre e couve, alimentos fontes de fibras, minerais e vitaminas. Os legumes podem ser refogados ou consumidos com saladas e sucos verdes.

 

  • Tomate, rico em licopeno, um poderoso antioxidante. O tomate combina com sucos, saladas e molhos.

 

  • Abacate, fruta fonte de gorduras saudáveis e fibras. Com o abacate você pode fazer guacamole, vitaminas e incrementar saladas.

 

  • Cacau,em sua forma mais pura, por possuir flavonoides, que têm função antioxidante e anti-inflamatória. Pode ser consumido na versão chocolate amargo (70% ou mais de cacau).

 

  • Nozes e sementes, por também possuem gorduras saudáveis e fibras. Pode comer como lanches, sobremesas, e colocar em iogurtes ou saladas.

 

  • Azeite de oliva extravirgem. Pode usar em temperos, molhos e finalização de pratos.

 

 

Vale lembrar que não há alimentos milagrosos que reduzam o colesterol rapidamente. “A melhora é alcançada através de mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação e prática regular de exercícios físicos”, afirma a nutricionista.

 

 

Qual é o colesterol bom e qual é o colesterol ruim?

Antes de saber a diferença entre o colesterol bom e o ruim, é necessário entender que o nosso organismo produz colesterol naturalmente e ele é essencial para o nosso corpo. O colesterol está presente no cabelo, músculos, pele, intestino e coração.

 

 

Conforme explica a nutricionista Adriana Stavro, o colesterol contribui para a integridade e fluidez das membranas celulares, é fundamental para a produção de hormônios sexuais (testosterona e estrógeno) e cortisol, é convertido em vitamina D quando a pele entra em contato com a luz solar e é precursor de ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.

 

 

 

A principal diferença entre o colesterol bom (HDL) e o colesterol ruim (LDL) está no fator proteção e riscoO HDL remove o excesso de colesterol das artérias e o leva ao fígado. Seus níveis elevados protegem o corpo contra doenças cardiovasculares. Já o LDL transporta colesterol do fígado para as células. Em excesso, o LDL forma placas nas artérias, aumentando o risco de doenças como infarto. Por isso, deve-se evitar abusar do consumo de frituras, alimentos embutidos, pele de frango, biscoitos, doces, banha, leite, manteiga, etc.

 

 

No quadro Bem Estar, exibido no É de Casa, a médica Thelma Assis reforça que o colesterol alto não dá sintoma, mas, sim, evento cardíaco: infarto ou AVC como já citamos. Portanto, mantenha o check-up médico em dia e não deixe de praticar exercícios físicos e se alimentar de forma saudável.

 

 

Fonte: Globo

Shoyu na alimentação: riscos, benefícios e como consumir com segurança

Você é do time que não vive sem um toque de shoyu no sushi ou no yakisoba? Ou daquele que adora usar o molho em algumas receitas do dia a dia? Esse líquido escuro e cheio de sabor é um clássico da culinária oriental — e caiu no gosto dos brasileiros.

 

 

Mas, junto com o sabor, vem a dúvida: será que o shoyu engorda? Faz mal para a saúde? A nutricionista e produtora de culinária do Mais VocêDaniela Meira, respondeu essas e outras perguntas para quem quer consumir o molho com mais segurança e consciência.

 

 

O consumo de shoyu contribui para o ganho de peso?

O shoyu é um alimento de baixa caloria. Uma colher de sopa (aproximadamente 15 ml) contém cerca de 8 calorias. Estudos em animais sugerem que o consumo de shoyu pode, na verdade, ajudar a reduzir o ganho de peso e a massa de gordura.

 

 

Em um experimento com ratos alimentados com uma dieta rica em gorduras, aqueles que receberam shoyu apresentaram menor ganho de peso e menor ativação de genes relacionados à lipogênese — o processo em que o corpo entra no “modo fábrica de gordura” e passa a armazenar mais gordura no tecido adiposo — mesmo sem alteração na quantidade de alimento consumido.

 

 

 

O shoyu traz benefícios para a saúde?

O shoyu possui propriedades funcionais que podem trazer benefícios à saúde. Ele auxilia na digestão ao estimular a secreção de suco gástrico e também contém compostos antioxidantes que podem contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares.

 

 

Além disso, estudos indicam que o shoyu apresenta efeitos antimicrobianos e anticancerígenos. Durante a fermentação natural do molho, são formados compostos bioativos — como ácidos orgânicos, peptídeos e polifenóis — que ajudam a inibir o crescimento de bactérias patogênicas, como E. coli, Salmonella e Listeria.

 

 

Existem restrições para o consumo de shoyu? Crianças e idosos podem consumi-lo?

Devido ao seu alto teor de sódio, o consumo excessivo de shoyu pode ser prejudicial, especialmente para pessoas com hipertensão ou sensibilidade ao sal. Crianças podem consumir shoyu com moderação, mas é importante lembrar que dietas ricas em sódio na infância podem influenciar as preferências alimentares no futuro e aumentar o risco de hipertensão na vida adulta.

 

 

Idosos também devem moderar o consumo, já que o excesso de sódio está associado a um maior risco de pressão alta e de doenças cardiovasculares nessa faixa etária.

 

 

 

O ideal é consumir, no máximo, 1 colher de chá (5 ml) de shoyu por refeição, evitando o uso diário. Sempre que possível, dê preferência às versões com teor reduzido de sódio — como as opções light ou fermentadas naturalmente.

 

 

Quais são os benefícios do consumo moderado de shoyu?

O consumo moderado de shoyu pode trazer alguns benefícios à saúde, como a melhora na digestão — graças ao estímulo na secreção gástrica — e propriedades antioxidantes que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares. No entanto, é fundamental equilibrar esses benefícios com uma ingestão controlada de sódio e o consumo adequado de água.

 

 

Um ponto interessante e recente que vem chamando a atenção dos cientistas é o potencial do shoyu na modulação da microbiota intestinal. Um estudo publicado em 2023 observou que compostos bioativos presentes no shoyu fermentado de forma tradicional — como peptídeos e isoflavonas — podem influenciar positivamente o equilíbrio da microbiota, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas, como Lactobacillus e Bifidobacterium.

 

 

 

Esse achado abre caminho para novas pesquisas que avaliem o shoyu como um possível alimento funcional, com impacto na saúde intestinal, na imunidade e até na prevenção de doenças inflamatórias. No entanto, os efeitos mais promissores foram observados com o consumo de shoyu artesanal ou naturalmente fermentado — não com as versões industrializadas, que contêm aditivos e passam por fermentação química.

 

 

Por ser um condimento líquido, o shoyu não precisa ser “absorvido” como um nutriente convencional. Ele é parcialmente digerido no estômago e no intestino, e seus compostos — como aminoácidos, peptídeos, sódio e antioxidantes — são absorvidos individualmente pelo organismo.

 

 

 

Fibras e o impacto do shoyu na pressão

Segundo Daniela Meira, a presença de fibras solúveis ou prebióticos pode modular a absorção do sódio presente no shoyu, ajudando a reduzir seus efeitos sobre a pressão arterial. Por exemplo:

 

 

  • Alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, chia (para quem tolera), linhaça e legumes, podem formar um gel no intestino que atrasa a absorção do sódio, diminuindo assim o impacto hipertensivo do shoyu.

 

  • Além disso, alimentos ricos em potássio — como banana, abacate e batata-doce — ajudam a equilibrar o excesso de sódio na alimentação, o que é especialmente útil para quem consome shoyu com frequência.

 

 

Em resumo: não existe um alimento que potencialize diretamente a absorção do shoyu, mas sim opções que ajudam a modular seus efeitos no organismo, principalmente no que diz respeito ao sódio.

 

 

Fonte: Globo

Por que deixar o feijão de molho: nutricionista explica benefícios

O feijão é uma leguminosa muito consumida pelos brasileiros: com o arroz, ele forma uma dupla infalível! Grãos nascidos em vagens, as leguminosas são ricas em fibras e têm alto poder de saciedade: feijões, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas e outros tipos fazem muito bem à saúde.

 

 

Na hora do preparo do feijão e das leguminosas em geral, um passo importante é deixar os grãos de molho. Talvez você já faça isso em casa, mas desconheça o motivo. O Receitas conversou com a nutricionista Julia Marques, que explicou por que deixar o feijão de molho antes de cozinhar. Confira!

 

 

Por que deixar o feijão e demais leguminosas de molho antes de cozinhá-los

As leguminosas são alimentos muito saudáveis, mas talvez você já tenha sentido algum desconforto abdominal depois de consumi-las, e existe um motivo para isso: “As leguminosas possuem fatores antinutricionais que causam gases, distensão abdominal e outros sintomas gastrointestinais”, explica Julia. Por isso, é fundamental realizar o remolho das leguminosas antes de seu preparo, como afirma a nutricionista: “Ao realizarmos o remolho, retiramos esses fatores a fim de reduzir sintomas e aumentar o teor nutritivo dessas preparações”.

 

 

Veja o chef Rodrigo Oliveira, em participação no Mais Você, falando sobre a importância de deixar o feijão de molho antes do cozimento:

 

 

 

Como fazer o remolho das leguminosas

  • Para fazer o remolho, lave as leguminosas em água corrente e escorra.

 

  • Coloque-as em uma tigela, despeje água (o dobro da quantidade de leguminosa) e deixe descansar de 8 a 12 horas.

 

  • Durante esse período, troque a água uma vez.

Segundo a nutricionista Julia Marques, algumas pessoas ainda podem sentir desconforto ao consumir leguminosas, mesmo fazendo o processo de remolho: “É importante salientar que algumas pessoas possuem dificuldade de digestão desses alimentos e isso não significa que não é possível consumi-los mais. Precisamos retirar esses alimentos temporariamente, tratar o intestino e retomar o consumo aos poucos. Procure sempre um profissional para orientação”.

 

 

Fonte: Globo

Alimentos integrais: entenda a importância e benefícios de incluir na dieta

Você sabia que os alimentos integrais trazem diversos benefícios para a saúde? Ricos em fibras e nutrientes, os produtos integrais ajudam no funcionamento do intestino e também a controlar o colesterol e a glicemia. A nutricionista Mariana Ferri explica a importância do consumo destes alimentos.

 

“O integral tem mais fibra, então é bom não só para o funcionamento do intestino, mas do organismo como um todo. Um adulto precisa de 25 gramas por dia de fibra. É uma quantidade grande, é muito difícil alcançar isso com alimentação sem usar produtos integrais. Então, eles ajudam neste composto de fibras”, conta.

 

A profissional complementa: “Além disto, o grão integral tem mais nutriente, porque você usa inteiro. Você usa a casca, o meio, então consegue todos os nutrientes”.

Como saber se um produto é integral?

Para ser considerado integral, o produto precisa conter ingredientes integrais, mas não necessariamente apenas ter itens integrais. Por isto, é importante ler os rótulos, especialmente se você busca consumir alimentos 100% integrais.

 

Existe uma ordem que o primeiro ingrediente é sempre o que está em maior quantidade. O último é o que está em menor quantidade”, explica.

 

Caso continue em dúvida, outra dica é conferir na quantidade de fibra do produto: “O que tiver mais fibras, tem mais chances de ter produtos integrais”.

 

 

Fonte: Globo